No âmbito do projeto IDEAL, foram desenvolvidos focus groups com pessoas com autismo com maiores necessidades de apoio, com os seus familiares e com profissionais, com o objetivo de identificar barreiras no acesso a plataformas tecnológicas de aprendizagem e na utilização de Apps.
Entre os principais resultados encontrados concluímos que as Apps que são utilizadas com maior facilidade e autonomia são as que atraem toda a população de uma forma geral, tais como os motores de pesquisa Google, a galeria de imagens dos telemóveis e tablets ou o Youtube. Estas Apps são utilizadas com base nos seus interesses e são acedidas por pessoas com poucas competências verbais e sem competências de escrita, mas também por aquelas com maior nível de competências; o acesso é diferente tendo em conta os níveis de utilização, a idade e a competência digital, mas os ícones visuais, scroll ou histórico de pesquisa são estratégias frequentemente utilizadas.
As Apps específicas mais utilizadas são as Apps de comunicação e estruturação temporal. Em apps pedagógicas, a presença de sons, de reforços positivos ou negativos que indicam sucesso ou insucesso, ou de estímulos visuais dificultam uma utilização correta das mesmas.
As propostas são, por isso, no sentido de alcançar a acessibilidade universal e de as grandes empresas terem em consideração maiores níveis de personalização dos estímulos quando lançarem as suas redes sociais e plataformas convencionais. O objetivo é incluir também pessoas com autismo, Apps com diferentes níveis de aprendizagem, sobretudo visuais, e acrescentar a possibilidade de ajustar cores, sons, luzes e reforços para individualizar, ao máximo, a aprendizagem.